Toda uma comunidade evangélica se converte ao catolicismo .
Aconteceu nos Estados Unidos. A “Igreja Cristã Maranatha” ficava na Av. Oakman, Detroit. Hoje, o imóvel está à venda.
Tudo começou quando o pastor Alex Jones, 58 anos, passou a trocar o
culto pentecostal por uma espécie de réplica da Missa. No domingo, 4 de
junho de 2006, durante a celebração da Unidade Cristã e da Ascensão do
Senhor, os líderes da congregação decidiram (por 39 votos a favor e 19
contra) dar os passos necessários para torná-la oficialmente católica.
Uma história repleta de anseios, surpresas, amor e alegria.
“Eu pensava que algum espírito tinha se apossado dele”, disse Linda
Stewart, sobrinha do pastor Alex. “Pensava que, na procura pela verdade,
ele tinha se perdido”. Linda considera o tio como um pai, ela que foi
adotada por ele desde o falecimento do verdadeiro pai. A preocupação da
moça começou quando seu tio trocou o estudo da Bíblia, que era feito
sempre às quartas-feiras, pelo estudo dos primitivos Padres da Igreja.
Gradualmente a congregação foi deixando o culto evangélico e retornando à
Santa Missa: ajoelhar-se, o Sinal da Cruz, o Credo de Niceia, a
Celebração Eucarística: todos os 9 passos. Linda explica: “Aprendi que a
Igreja Católica era a grande prostituta do Apocalipse e o Papa era o
Anticristo. E Maria? De modo algum! Éramos felizes e seguíamos Jesus. Eu
estava triste e pensava: ‘ele está maluco se pensa que vamos cair
nessa!’”.
O começo de tudo se deu quando Jones ouviu, num programa de rádio
chamado “Catholic Answers” (‘Respostas Católicas’), o debate entre o
protestante David Hunt e o apologista católico Karl Keating. O católico
fez a pergunta-chave: “Em quem você acreditaria, no caso de um acidente,
para saber o que aconteceu? Nos que estavam ali, como testemunhas
oculares (Apóstolos), ou naquele que só apareceu depois de muitos anos
(Lutero)?” O que era desde o princípio, o que ouvimos e vimos com nossos
olhos, o que contemplamos e nossas mãos tocaram do Verbo da Vida.
Porque a Vida se manifestou e nós a vimos; damos testemunho e anunciamos
a Vida Eterna, que estava no Pai e se manifestou a nós; O que vimos e
ouvimos, isso vos anunciamos, para que tenhais comunhão conosco: nossa
comunhão é com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo. Escrevemos estas
coisas para que a vossa alegria seja completa." (I João 1-4)
Keating acentuou que, para aprender a verdade sobre a Igreja Cristã, era
necessário ler os Padres da Igreja Primitiva, isto é, aqueles que
estiveram lá desde o começo da história. “Aquilo fazia sentido”, disse o
pastor Jones: “Guardei no coração e ponderei; mas só vim a compreender
tudo quando li os Padres da Igreja e conheci uma Cristandade que não
tínhamos em nossa igreja”. “Percebi que o centro do culto dos primeiros
cristãos não era somente a pregação e o louvor, mas a Eucaristia, como o
Corpo e o Sangue de Cristo presente”, declarou ele ainda.
No começo do verão de 1998, o pastor Jones decidiu reativar o verdadeiro
culto da Igreja Primitiva em sua comunidade. Passou a realizar uma
espécie de celebração eucarística todos os domingos. “Minha congregação
achava ridículo”, recorda ele. “Eles diziam que uma vez por mês era o
suficiente”. Jones leu o livro “Cruzando o Tibete”, de Steve Ray,
professor de Bíblia em Milão, e aprendeu muito sobre as Escrituras, o
Batismo e a Eucaristia. Mais tarde pode conhecer este autor no Seminário
do Sagrado Coração em Milão, e passou a encontrá-lo regularmente.
Os dois dialogavam quase diariamente, por telefone ou e-mail. Ao estudo
da Bíblia somou-se o estudo da Patrologia, do Catecismo, da Virgem Maria
e os santos, do Purgatório, da Teologia Sacramental... “Comecei a
deixar de lado a Sola Scriptura (somente a Bíblia), que representa o
coração e a alma da fé protestante”, diz Jones. Parte do povo começou a
abandonar a congregação. Relata a sobrinha de Jones: “A cada domingo eu
ia para casa e dizia: ‘este foi o último; não volto mais”. Mas como
confiava que seu tio era um homem de Deus, acabava retornando sempre, e
aos poucos as coisas começaram a fazer sentido para ela também.
No processo de mudar o culto da Comunidade Maranatha, pastor Jones
finalmente percebeu o óbvio: “Por quê recriar a roda? Já existe a Igreja
que faz o culto da maneira correta: a Igreja Católica!” “Comecei a
perceber que a Igreja eterna era a Católica. Todas as outras tiveram uma
data de início e foram fundadas por homens. Eu encontrara a Igreja de
Jesus Cristo e estava querendo perder todo o resto.” A SITUAÇÃO DA
ESPOSA “Parecia uma coisa temporária. Então ele começou a mudar as
coisas drasticamente e eu me perturbei, porque achava que ele estava
indo pelo caminho errado”, diz Donna Jones, 33 anos, esposa do ex-pastor
Alex.
“Ele havia pregado que a Igreja Católica era cheia de idolatria”,
completa ela: “Quando começou a abraçar essa fé, eu disse: ‘Tem alguma
coisa errada aqui’”... Alex e Donna começaram a discutir sobre usos
cristãos. Donna começou a estudar a Igreja Católica para contrariar o
marido, na tentativa de desviá-lo daquele caminho, como ela explica:
“Precisava de ‘munição’ para contra-atacar. Mas, logo que eu comecei a
ler sobre os Padres da Igreja, uma mudança começou acontecer no meu
coração”.
No verão de 1998, Dennis Walters, diretor do Rito de Iniciação Cristã
para Adultos da Paróquia Cristo Rei (Ann Arbor), se encontrou com a
família Jones. Walters forneceu exemplares do Catecismo aos líderes de
toda a Congregação Maranatha, e respondia às muitas perguntas sobre a
doutrina. Por quase 10 anos, Walters se encontrou com os Jones todas as
terças-feiras, e ficavam juntos por 4 ou 5 horas. Ele conta que Donna
lutou contra a possibilidade de admissão na Igreja Católica também
porque isso significaria a perda do emprego bastante rentável do seu
marido. Rindo, ela conta que orava assim: “Senhor, o que estou fazendo,
após 25 anos de ministério? Eu não estou preparada para me tornar
pedicure ou manicure...”. Mas conclui contando o que aconteceu depois de
algum tempo: “Então o Espírito Santo me falou ao coração: ‘Eu não estou
questionando sobre a sua concordância ou não. Estou tratando da sua
conformação à Imagem de Cristo’”.
Exatamente 8 meses depois, numa tarde, Donna se dirigiu ao seu marido e
anunciou: “Eu sou católica!”. Depois disso, Alex Jones concluiu: “Este é
definitivamente um trabalho do Santo Espírito! Quando me foi revelado
que esta era a sua Igreja, não foi difícil tomar a minha decisão, embora
soubesse que isso me custaria tudo”.
Para formalizar a sua conversão, a Congregação Maranatha vêm se
comunicando com a Arquidiocese de Detroit há mais de um ano. A
Arquidiocese está procedendo com cautela, pois há muito a ser estudado,
como a situação dos casados pela segunda vez e as posições que serão
adequadas para os ministros da Maranatha dentro da Igreja Católica. Por
enquanto, há a possibilidade de o ex-pastor Alex Jones entrar para o
seminário e se tornar padre ou diácono. Ex-pastores casados convertidos
têm feito isso: Steve Anderson, de White Lake, era padre numa “igreja
carismática episcopal” antes de se unir à Igreja Católica. Casado e pai
de três jovens rapazes, ele recebeu permissão de Roma para se tornar
padre e entrará no Seminário Maior do Sagrado Coração, para começar 3
anos de estudos antes de ser ordenado para a Diocese de Lansing.
O resultado da votação dos líderes da Congregação, a favor da conversão à
Igreja Católica, foi motivo de festa para Linda, a sobrinha de Jones.
Na ocasião, ela declarou: “Estou muito feliz! Mal posso esperar para
entrar em Comunhão plena com a Igreja Católica, porque acredito
realmente que ela é a Igreja que Cristo deixou aqui, e preciso ser parte
dessa Igreja!”...
Fonte-www.eternamentecatolicos.com
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